★★★
O que você ganha quando cruza A Raposa e o cão com Hércules e Casa na gama? Bully Elliot-aka: o doce e engraçado, se normal, Fernando.
Baseado no outrora controverso livro infantil dos anos 1930 de Munro Leaf e Robert Lawson, the Story of Ferdinand, o filme de Carlos Saldanha marca a segunda aparição do herói titular amante-não-lutador nas telas de cinema, depois do curta-metragem vencedor do Oscar de 1938 da Disney. Ferdinand (Colin H. Murphy) é um touro de luta espanhol, criado para uma carreira antes do Cabo Do Matador por seu pai Raf (Jeremy Sistero), mas sonhando com uma vida sem confrontos. Quando seu pai não consegue voltar do ringue, Ferdinand foge da fazenda de treinamento e acaba sendo adotado por um florista.
Do estúdio atrás do Gelo Idade e Rio filmes, Fernando é lançado da maneira animada e colorida que você esperaria. É um assunto leve, agradável aos olhos e fazendo cócegas nas costelas até ao osso engraçado. Quando um adulto Ferdinand (John Cena) acaba no festival anual das flores em Ronda, uma picada de abelha no traseiro o impulsiona através de uma peça de palhaçada deliciosamente destrutiva, é claro, concluindo dentro de uma loja de porcelana. Não, Não é uma piada inovadora, mas é difícil negar que um determinado ponto é atingido.
Confundido com um lutador viscoso, Ferdinand é recapturado por seu ex-treinador e despejado com uma cabra calmante (Kate McKinnon), determinada a treiná-lo para a grandeza. Lançar o lutador profissional da WWE Cena como protagonista é uma espécie de golpe de génio no seu contexto externo, revelando uma astúcia apontada em nome de Saldanha e team para o mundo moderno. Através de seus encantos lúdicos e simplistas, são golpes na masculinidade convencional e na crueldade animal, ao lado de um genuíno senso de moralidade comovente.
Da mesma forma, intencional ou não, Fernando é um filme agradavelmente geométrico, ideal para espectadores mais jovens. Os rácios de 3:1 são aplicados de forma consistente, de modo a instilar o conjunto com harmonia visual e temática. Um trio de ouriços malucos (Gina Rodriguez, Daveed Diggs e Gabriel Iglesias) diverte – se, assim como os três cavalos alemães – altamente estereotipados – (Flula Borg, Boris Kodjoe e Sally Philips), com ambos a contrastar o isolamento de Ferdinand.
Fernando é, então, mais um filme no cânone da animação para celebrar a diferença. Está tão longe de ser impressionante quanto de ser original, mas tem a qualidade da tarde de sábado, da qual os pais com filhos pequenos devem emergir sorrindo.
T. S.